Autor: Jonathan Auxier
Editora: Leya
Sinopse ( Leya ):
UM PEQUENO ÓRFÃO CEGO QUE ROUBA PARA SOBREVIVER NAS RUAS DE LONDRES PODE SE TORNAR UM HERÓI?
[...] para vocês que não conhecem nada sobre crianças cegas, saibam que dão os melhores ladrões.
O
que o destino reserva a uma criança cega e órfã, que usa seus dotes
para roubar todo tipo de objeto de qualquer tipo de pessoa? Uma criança
que dorme em um porão escuro e frio durante o dia e é obrigada a sair
furtivamente à noite para cometer seus delitos e, assim, sobreviver?
O que o destino reserva a um garoto de dez anos que já é considerado o maior ladrão que já nasceu?
O
destino, caro leitor, reserva a essa pobre criatura três olhos mágicos,
que irão levá-lo a uma viagem inesquecível, na qual inimigos e
estranhas criaturas estarão à espreita em lugares completamente
deslumbrantes e magníficos! O destino lhe reserva um amigo que estará
por perto sempre que precisar e aventuras que farão de Peter Nimble, o
órfão, o cego, o pobre coitado, um dos maiores heróis que já existiu!
*************************************
Comprei esse livro pelo título e pela capa, confesso... dei uma olhada na sinopse, me pareceu interessante, mas o que prendeu inicialmente foi o "ladrão" no título... e o jeitão de livro infanto-juvenil...
Já li toda a série de Artemis Fowl, outro "ladrão" juvenil famoso no mundo literário, e muitos anos atrás, li O Gênio do Crime, do João Carlos Marinho, quase um clássico no reino dos paradidáticos infanto-juvenis. Então, o tema de ladroagem juvenil (ou de jovens que investigam crimes) não é de hoje que me desperta o interesse.
E, quando na sinopse, eles anunciam que o personagem principal é "o maior ladrão que já nasceu", dá vontade de pagar para ver! Eu paguei, mas esperei o livro entrar numa daquelas super promoções do Submarino, hehehehe.
O ladrão de olhos é gostoso de ler. A leitura flui fácil, agradando tanto a adultos quanto a leitores mais jovens. O personagem principal consegue cativar você, e seu amigo, Sir Tode, também. Você fica torcendo pelos dois durante todas as aventuras.
Quanto aos olhos do título, fiquei curiosa para saber as propriedades de cada par, embora no decorrer da leitura, as propriedades do último par se tornem previsíveis. Mas isso não tira o brilho da história.
Algo que achei interessante foi que na tradução eles optaram por não
traduzir alguns nomes de personagens, que foram batizados de acordo com
suas características... em alguns casos, há a explicação para o nome, em
outros não... confesso que não fui atrás de um dicionário de inglês
para descobrir o significado dos outros que não estavam explicados, mas
achei interessante terem mantido o original.
Embora seja um livro claramente voltado para jovens e crianças - é bem o tipo de aventura que um garoto de 10 ou 11 anos gostaria de ler - o autor brinda os adultos com algumas pérolas durante a leitura: algumas frases que convidam à reflexão, de forma sutil e com um humor fino, sobre o ser humano e sua visão (ou a falta dela).
É um livro que tem começo, meio e fim. Embora deixe espaço para a
imaginação correr solta após o final, ele tem um "the end". Não fica
deixando ganchos para possíveis volumes dois, três, quatro... então,
acho difícil ver por aí uma "trilogia Peter Nimble".
Gostei bastante, e recomendo para quem está procurando uma leitura leve, com aventura, fantasia e mistério!
Beijinhos,